De: Carlos
Nelson Coutinho
O autor realiza uma incursão histórica acerca da formação
do Estado brasileiro se apropriando, para nortear a discussão, de três
paradigmas. O primeiro é o conceito de “via prussiana”, formulado por Lenin, o
segundo é o de “revolução passiva” como proposto por Gramsci e, por último, o
de “modernização conservadora”, de Moore Jr.
Segundo Coutinho, o paradigma denominado de via prussiana
sinaliza um tipo de transição ao capitalismo que guarda ainda características
da antiga ordem e nesse sentido prevê o fortalecimento do poder do Estado. A
expressão “revolução passiva” refere-se aos movimentos que ocorrem com a
acomodação de elementos da fração moderna e antiga das classes dominantes,
visando, nesse processo de transformação, eliminar a participação da camada
popular na sociedade. O conceito de
modernização conservadora, embora diferencie os caminhos seguidos por Lenin e
Gramsci vale-se de algumas de suas características e explicar a conformação de
elementos pré-capitalistas, do poder latifundiário na constituição da burguesia
industrial em detrimento da associação às classes populares.
O autor afirma que a formação política social do Estado brasileiro se deu, sobretudo, a partir da década de 1930, ingressando assim na modernidade com a expansão do modelo capitalista de produção industrial. Nessa perspectiva, ressalta o protagonismo do Estado burguês na consolidação da noção de modernização e desenvolvimento econômico.
Enfim, o texto revela a especificidade histórica do processo de desenvolvimento da nação brasileira que, diferente de outros países como EUA, se efetivou sob a força dos governos na condução da propostas e projetos que a constituiram. Isso implica evidenciar que o período tratado foi muito mais representado pela dominação das classes dirigentes na elaboração e definição das políticas, atendendo aos seus interesses, do que pela participação das massas e suas necessidades. O Estado, então, atuava para atender as demandas do setor privado, da burguesia industrial que se afirmava.
Questões para pensarmos:
1. É importante explicitar melhor os três paradigmas nos quais Coutinho apoia sua discussão.
2. O texto é muito rico conceitualmente, vale ampliar a leitura de Gramsci e seus conceitos de hegemonia, dominantes e dirigentes.
3. Tratar da força do Estado na constituição da nação e os desdobramentos de sua ação.
4. Discutir a ideia do Estado sendo tratado como propriedade privada.
5. Como se dava o paradoxo entre o real e o legal na crise do "pacto populista"?
O autor afirma que a formação política social do Estado brasileiro se deu, sobretudo, a partir da década de 1930, ingressando assim na modernidade com a expansão do modelo capitalista de produção industrial. Nessa perspectiva, ressalta o protagonismo do Estado burguês na consolidação da noção de modernização e desenvolvimento econômico.
Enfim, o texto revela a especificidade histórica do processo de desenvolvimento da nação brasileira que, diferente de outros países como EUA, se efetivou sob a força dos governos na condução da propostas e projetos que a constituiram. Isso implica evidenciar que o período tratado foi muito mais representado pela dominação das classes dirigentes na elaboração e definição das políticas, atendendo aos seus interesses, do que pela participação das massas e suas necessidades. O Estado, então, atuava para atender as demandas do setor privado, da burguesia industrial que se afirmava.
Questões para pensarmos:
1. É importante explicitar melhor os três paradigmas nos quais Coutinho apoia sua discussão.
2. O texto é muito rico conceitualmente, vale ampliar a leitura de Gramsci e seus conceitos de hegemonia, dominantes e dirigentes.
3. Tratar da força do Estado na constituição da nação e os desdobramentos de sua ação.
4. Discutir a ideia do Estado sendo tratado como propriedade privada.
5. Como se dava o paradoxo entre o real e o legal na crise do "pacto populista"?
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